
Alessandro Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foi preso nesta quinta-feira (13) pela Polícia Federal. A ação faz parte da Operação Sem Desconto, que investiga o esquema de descontos ilegais de valores de aposentados e pensionistas do INSS para entidades associativas.
O escândalo se tornou público em abril. Ainda naquele mês, Stefanutto foi demitido do cargo.
Em nota, a PF informou que seus agentes e auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares diversas em 14 estados e no Distrito Federal.
Estão sendo investigados os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
Entenda a fraude no INSS
A PF e a CGU deflagraram, em abril, a Operação Sem Desconto, que apura o desconto irregular, via folha de pagamentos do INSS, de mensalidades de entidades associativas de aposentados e pensionistas.
Segundo Jorge Messias, líder da AGU, existe um volume grande de entidades que foram criadas, a partir de 2019, com o propósito de fraudar, ou seja, não oferecer nenhum benefício para o associado. Cifras apresentadas pela PF dão conta de que R$ 6,3 bilhões de descontos associativos realizados entre 2019 e 2024 são suspeitos de fraude.
Após a revelação do desconto, nas folhas de pagamento, de cobranças não autorizadas de milhares de pessoas em todo o país, o INSS suspendeu todos os acordos de cooperação técnica que permitiam que sindicatos, associações e outras entidades sociais cobrassem mensalidades de filiação diretamente dos benefícios pagos pelo instituto.
A defesa de Stefanutto não foi localizada. O espaço segue aberto.
FONTE : ODIA