O pastor Eduardo de Oliveira Santos, de 45 anos, morto após ser baleado durante um confronto no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (20), havia ido à comunidade para visitar a irmã.
Segundo testemunhas, momentos depois de se despedir dela, Eduardo pegou a bicicleta e tentou deixar o local, quando começaram os disparos. O pastor foi atingido nas costas e caiu no meio da rua. Moradores disseram que tiveram que esperar o tiroteio cessar para socorrê-lo.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver Eduardo sendo carregado por alguns moradores, enquanto novos tiros ainda são ouvidos. A vítima, que também trabalhava como pintor nas horas vagas, foi levada para a UPA de Ricardo de Albuquerque, mas não resistiu aos ferimentos. Horas depois, diversos ônibus foram usados como barricadas em protesto no Chapadão.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso. Ainda não há informações sobre o horário e o local do sepultamento.
Em nota, a Polícia Militar disse que agentes do 41º BPM (Irajá) realizaram uma operação no Complexo do Chapadão com objetivo de reprimir a movimentação de criminosos envolvidos em disputas territoriais e coibir roubos de veículos e de cargas.
“Durante a ação, os agentes foram recebidos a tiros por um grupo de criminosos armados. Houve confronto e logo após o cessar da troca de tiros, os agentes tomaram conhecimento de que um homem foi socorrido até a UPA de Ricardo de Albuquerque. O comando do 41° BPM instaurou um procedimento para analisar as circunstâncias do fato”, informou a corporação.
À tarde, a PM informou que prendeu Renan Gomes Galdiano Pinto, conhecido como Geleia, de 29 anos, Rua Javatá, em Anchieta, Zona Norte. Ele é apontado como membro do Comando Vermelho (CV) e seria gerente geral do tráfico no Complexo do Chapadão.