O traficante Jhonata Hyrval Cassiano da Silva, de 28 anos, conhecido como Bochecha Rosa, é apontado como o principal suspeito de ter ordenado a execução de um policial militar na tarde da última quinta-feira (31), no Parque Fluminense, em Duque de Caxias. O atentado resultou na morte do sobrinho do agente, um menino de apenas 3 anos. Integrante da facção Comando Vermelho (CV), o criminoso atua na Comunidade Corte Oito, no bairro Lagoinha, mas tenta expandir seus domínios para outras áreas do município.
Por esse motivo, a presença de policiais em determinados bairros passou a ser vista por ele e seu bando como uma ameaça direta. Investigações da 59ª DP (Duque de Caxias) revelam que Jhonata também é responsável por determinar a instalação de barricadas nas vias de acesso ao Complexo da Mangueirinha, dificultando ações das forças de segurança e impedindo o direito de ir e vir da população, além do acesso a serviços públicos.
Na ficha criminal de Bochecha Rosa constam acusações por roubo, lesão corporal, homicídio qualificado, associação ao tráfico e sequestro. Em setembro de 2023, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denunciou o traficante e outros 12 integrantes do CV por associação para o tráfico de drogas.
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Criminoso já esteve ligado à morte de outro PM
Essa não é a primeira vez que Bochecha Rosa, considerado foragido da Justiça do Rio, é relacionado a atentados contra policiais militares. Em 2018, o PM Douglas Fontes Caluete foi reconhecido durante uma tentativa de assalto em Gramacho e acabou morto a tiros. A mãe do policial sofreu um infarto e morreu ao reconhecer o corpo do filho no local do crime.
No ataque desta quinta-feira (31), o alvo era o policial Alexandre Gonçalves Sampaio. O crime aconteceu por volta das 16h30, quando homens armados em um VW Polo prata pararam em frente à casa da vítima e começaram a atirar.
Imagens de câmeras de segurança mostram a irmã do PM, Priscila Gonçalves Sampaio, de 37 anos, entrando em um carro vermelho no momento em que foi surpreendida pelos criminosos. Ela acabou baleada, assim como seu filho, de 3 anos, que estava no banco de trás. A criança não resistiu e morreu.
O PM reagiu, e os criminosos fugiram. O carro usado no crime foi abandonado nas proximidades da entrada da comunidade do Curral, também em Duque de Caxias. Durante a troca de tiros, um dos suspeitos foi baleado. Caiky de Assunção Barbosa, de 20 anos, deu entrada no hospital com ferimento no tórax. Ele está internado sob custódia, em estado estável.
Priscila segue internada em estado gravíssimo no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes. O corpo da criança será enterrado às 17h desta sexta-feira (1º) no Cemitério do Corte Oito, em Duque de Caxias.