Quis o destino que o reencontro entre o ídolo Gabigol e o Flamengo fosse decidido no fim, justamente com um gol do atacante, que só entrou em campo aos 42 minutos do segundo tempo. Predestinado, ele teve a chance de marcar o gol da vitória do Cruzeiro por 2 a 1 em um pênalti nos acréscimos. Para dar mais emoção, perdeu a cobrança, mas fez no rebote – e não comemorou -, dando fim a 10 anos sem os mineiros vencerem o rival no Brasileirão.
Um desconfortável Flamengo sofreu demais contra o Cruzeiro, no Mineirão, não conseguiu mostrar a organização defensiva característica de Filipe Luís. Com o fim da invencibilidade na competição, perdeu a liderança para o Palmeiras, que venceu o Vasco e chegou a 16 pontos contra 13.
Arrascaeta salva no fim do primeiro tempo
Pode-se dizer que o Flamengo ficou no lucro ao terminar o primeiro tempo com o empate em 1 a 1. Afinal, o que se viu foi um time sem conseguir imprimir seu volume de jogo no ataque por causa da boa marcação do Cruzeiro por pressão e sofrendo muito na defesa, em especial pela esquerda, com Alex Sandro de volta após problema muscular.
Foram 20 primeiros minutos muito ruins para o Rubro-Negro, que viu os donos da casa abrirem o placar na primeira finalização da partida, aos 14 minutos. E foi um belo gol, com uma roubada de bola no meio de campo ( De la Cruz foi desarmado) e jogada individual de Kaio Jorge, que driblou Léo Pereira e chutou de fora da área.
O atacante do Cruzeiro e Matheus Pereira não eram encontrados pelos defensores e o primeiro só não marcou outro gol porque Rossi fez grande defesa e contou com a bola batendo no travessão, aos 30. Até então, o Flamengo só havia levado perigo em escanteio, com Léoi Ortiz parando em grande defesa de Cássio.
O time de Filipe Luís cresceu quando os cruzeirenses diminuíram o ritmo intenso da marcação. Ainda assim, a melhor jogada só saiu aos 43 e teve como resultado um golaço de Arrascaeta, em chute de primeira, após um contra-ataque perfeito.
Flamengo dominado na segunda etapa
Na volta do intervalo, o Flamengo seguiu desconfortável em campo, sem conseguir fazer seu jogo nem mesmo com as entradas de Bruno Henrique (Everton Cebolinha saiu), Michael (no lugar de Pedro). Foi domínio total do Cruzeiro, que controlou o meio de campo. Tanto que, até os 40, a única chance real de gol foi com Pedro, aos 11, que apareceu na área, mas finalizou em cima de Cássio.
Por outro lado, a equipe mineira empilhou lances de perigo, mas parou nas defesas de Rossi. Foram pelo menos cinco participações decisivas, quatro em finalizações de Matheus Pereira. Na mais importante, aos 30, ele espalmou e, no rebote, salvou nos pés de Kaio Jorge.
Somente com as três últimas mexidas (Luiz Araújo, Juninho e Varela nos lugares de Arrascaeta, Gerson e Wesley), o Rubro-Negro voltou a atacar com perigo e Bruno Henrique parou em Cássio, aos 41. Mas aos 48, Léo Pereira fez um pênalti bobo em Eduardo, que Gabigol perdeu, mas marcou no rebote.