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Bolsonaro diz que não tem obsessão pelo poder e que será um 'problema preso ou morto'

Durante discurso em ato realizado na manhã deste domingo (16) na Praia de Copacabana, na Zona Sul, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não tem “obsessão pelo poder, mas, sim, amor pelo Brasil”. Ele também disse que “não vai sair do Brasil” e que será um problema “preso ou morto”. O evento pediu anistia para os envolvidos nos ataques do 8 de janeiro de 2023.
“Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu tivesse do lado deles. Mas escolhi o lado do meu povo brasileiro. Tenho paixão pelo Brasil”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente também falou que o tamanho da pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos vândalos que foram detidos na Praça dos Três Poderes foi calculada para justificar uma condenação de 28 anos de prisão contra ele.
“O que eles querem é uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil”, declarou.

Bolsonaro defendeu o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e disse que “patriotas” fugiram do País para escapar do STF. Ele estava ao lado de familiares de Cleriston Pereira da Cunha, preso no dia dos atos golpistas, mas que morreu em novembro de 2023 na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Segundo o ex-presidente, a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem votos suficientes para aprovar o projeto. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), prevê que a Casa vai discutir o projeto ainda neste mês.

“Já temos votos suficientes para aprovar na Câmara. Nós seremos vitoriosos. Nós veremos aparecer na Justiça. Se não é para aquele outro Poder que existe para isso, pelo Poder Legislativo. Até se o Lula vetar, nós derrubaremos o veto”, garantiu o ex-presidente

O ex-mandatário citou ainda uma conversa que teve com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que, segundo o ex-presidente, firmou apoio das bancadas do partido no Congresso para a anistia. A sigla integra a base do governo Lula e comanda três ministérios na Esplanada.

“Eu inclusive, há poucos dias, tinha um velho problema e resolvi com o Kassab em São Paulo. Ele está ao nosso lado, com a sua bancada, para aprovar a anistia em Brasília”

Bolsonaro também atacou o ministro do STF Alexandre de Moraes que, segundo ele, teve uma “mão pesada” contra o PL nas eleições de 2022.

“Houve sim uma mão pesada do Alexandre de Moraes por ocasião das eleições de 2022. Por exemplo, eu não podia mostrar imagem do Lula defendendo o aborto, eu não podia mostrar imagem do Lula defendendo celular e dizendo que isso era para tomar uma cervejinha, eu não podia mostrar imagens do Lula com ditadores do mundo todo”, disse.

O líder da direita no Brasil também voltou a questionar se realmente perdeu o pleito na quantidade de votos e citou o inquérito sigiloso do Supremo. A investigação motivou a sua inelegibilidade até 2030, quando ela foi apresentada a embaixadores em uma reunião no Alvorada.

“O nosso governo fez o seu trabalho. Por que perdeu a eleição? Por que perdeu a eleição? Será que a resposta está no inquérito 1.361, secreto até hoje?”, indagou o capitão reformado.
“Como viram que a questão da inelegibilidade dá para ser alterada. Afinal de contas, me tornaram inelegíveis por que? Pegaram dinheiro na minha cueca? Alguma caixa de dinheiro no meu apartamento? Algum desfalque em estatal? Porque me reuni com embaixadores e, a outra, porque subi no carro de som do Silas Malafaia”, disse.
“Eu estava nos Estados Unidos [no dia do vandalismo em Brasília] Se eu estivesse aqui, estaria preso até hoje ou quem sabe morto por eles. Eu vou ser um problema para eles, preso ou morto. Mas eu deixo acesa a chama da esperança, da libertação do nosso povo”, afirmou.
Em tom de campanha para 2026, Bolsonaro pediu aos seus apoiadores que eles elejam metade da Câmara e do Senado. Declarando que o STF “não vai derrotar o bolsonarismo”, o ex-presidente disse que, caso controle o Legislativo, vai “mudar os destinos do Brasil”.
O evento foi organizado pelo pastor evangélico Silas Malafaia e contou com a participação de políticos como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Outras personalidades, como o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), os filhos de Bolsonaro, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o presidente do nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também estiveram presentes.

 




17/03/2025 – Juventude FM

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