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CNH mais acessível: liberdade, preço e riscos no trânsito brasileiro

Estou há mais de um ano juntando dinheiro para tirar a carteira. Tem sido um esforço enorme, pois preciso pagar muitas contas, e o valor altíssimo do processo acaba me afastando do meu sonho”, relatou um morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O caso exemplifica a realidade de muitos jovens que desejam obter a Carteira Nacional de Trânsito (CNH), mas enfrentam dificuldades financeiras. Com isso, a nova iniciativa do governo, que está em consulta pública, busca tornar o documento mais acessível e barato, nas categorias A e B (carros e motos), podendo beneficiar essas pessoas.
Segundo o Ministério de Transportes, atualmente, a retirada de uma CNH pode custar até R$ 3,2 mil, valor inviável para grande parte da população. Em conversa com O DIA, o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, explica que a proposta retira a exigência da carga horária mínima de 20 horas de aulas práticas.
“O candidato poderá escolher como fará sua preparação: contratando uma autoescola ou um instrutor autônomo autorizado pelo Departamento Estadual de Transporte (Detran). Isso permite adaptar a formação às necessidades de cada pessoa e reduzir custos”, esclarece.
Em relação ao curso teórico, o futuro motorista poderá optar por uma plataforma de educação a distância (EaD) ou pelo curso gratuito que será oferecido pelo Ministério dos Transportes. O secretário da Senatran destaca que a medida, se aprovada, encerra apenas a obrigatoriedade das aulas, mantendo as demais etapas.
“As outras etapas vigentes continuam sendo exigidas, com o cidadão precisando comparecer ao Detran para fases presenciais, como prova teórica e exames médicos. Além disso, o instrutor autônomo, que poderá oferecer as aulas, deverá ser um profissional qualificado, com curso de instrutor e autorização dos Detrans estaduais para ministrar aulas”, completa Catão.
De acordo com a Senatran, dos 34,2 milhões de proprietários de motocicletas, motonetas e ciclomotores registrados no País, 17,5 milhões não possuem habilitação na categoria. O número representa 53,8% do total de donos desse tipo de veículo. O motociclista Kauã Barbosa Mendes, de 20 anos, conta que durante pouco mais de um ano ficou economizando o salário que recebia em um curso remunerado para tirar a CNH, mas ele já pilotava sem o documento.
“Desde pequeno, eu sempre tive muita vontade de pilotar, amo motos. Quando eu completei 18 anos, não tinha dinheiro para fazer a autoescola, mas já dirigia. Na época, tinha muito medo de andar para longe, então só pilotava pelas redondezas, no entanto, sempre com muito receio, sabendo que poderia ser parado e ter o veículo apreendido”, explica.




20/10/2025 – Juventude FM

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